sábado, 7 de maio de 2011

Percepções sobre o óleo essencial de alecrim

ALECRIM
PALAVRAS SIGNIFICATIVAS:
Perspectiva
Concentração
Ancestralidade
Filho (a)
EXPRESSÃO CORRESPONDENTE:
“ESPELHO(S) TRANSFORMADO(S) EM POESIA”
                Ao fazer a vivência com o alecrim, enxerguei um corredor branco em perspectiva com várias entradas e dimensões espaciais de diversos tamanhos e algumas reflexões foram surgindo a partir dessa representação.
                O alecrim traz com ele o significado da palavra perspectiva. Perspectiva no sentido de espaços desconhecidos e inexplorados, que se materializam no plano físico através da diversidade de pontos de vista que somos capazes de enxergar em uma determinada situação, quanto conseguimos ser generosos(as) em ver quantos tipos de olhares estão envolvidos numa única situação.
                É isso que nos leva pra frente e aprofunda[1] nossa relação com nosso autoconhecimento tornando-nos capazes de que nos comprometamos com nossa missão, ou seja, desafios que nos movem na relação com o mundo de forma integral, onde mente não está separada do corpo.
                No caso do alecrim, isso ocorre através do mental, fazendo uma limpeza do que conseguimos discernir que é nosso do que não é, com um diferencial bem importante: transmuta o amarelo para o dourado – o mental em toda sua reverberação e potência.
                Por isso, talvez seja conhecido por “espantar maus espíritos”. Ele faz uma varredura no campo mental através da concentração – separando o que devemos assumir como responsabilidades que são realmente nossas do que não é para nós. Portanto, trabalha a dimensão do(a) filho(a): organizando e alinhando nosso lado feminino com o nosso lado masculino em perspectiva ancestral, isto é, saber de quem somos filhos(as) através da reverberação destes princípios nos nossos cromossomos refletindo assim,  na nossa capacidade de nos tornarmos coesos  nas nossas experiências tanto com nosso lado mãe como nosso lado pai – que nos brinda com múltiplos caminhos e com a possibilidade de perceber diversas escolhas.
                Rompe e cura padrões de comportamento da ordem da sua linhagem inteira[2]. Você pode tornar-se capaz de identificar quais problemas reproduz – sem necessidade – num determinado padrão autoritário familiar que está impedindo sua evolução através de uma experiência sensível e profunda com o alecrim.
Por isso, a ancestralidade é uma palavra importante para designar o poder curativo do alecrim, como algo que é produto de estar dentro de uma cadeia, mas com perspectivas amplas; isto é, uma dentro da outra, mas muitas entradas - tal como o corredor com várias entradas, aproximando-se também da idéia das cascas de uma cebola.
No nível físico, isso ocorre quando conseguimos ampliar nossa concentração. Concentração no sentido de centrar-se igualmente, de maneira harmoniosa, aceitando do que somos feitos na nossa energia ancestral e de que podemos, inclusive, modificar o que quisermos, pois não estamos presos a uma família, a escolhemos/temos como referência para o nosso aprendizado. Na concentração não há dentro e fora: há o seu alinhamento e o que consegue transformar do que se sucede em aprendizado, dando a real importância para seus processos mais subjetivos e às influências do meio que faz parte do que você emite como pensamentos e da qualidade que eles passam a vibrar a partir disso.
É através do(s) nosso(s) espelho(s) que conseguimos enriquecer nosso caminho de autoconhecimento. As pessoas tornam-se nossos espelhos quando somos generosos, principalmente, conosco. O que nos incomoda no outro, revela o que queremos ser[3]; e a análise do padrão que não queremos, quando bem utilizada, não está a serviço do julgamento, mas da consciência que devemos tomar em seguir outro caminho diferente desse e como materializamos ações/atitudes para consegui-lo. Assim, transformamos dificuldades em poesia, nutrindo nosso universo simbólico e poético – e, por consequência,  também de quem nos cerca.
Por isso, ele também é uma erva da alegria – porque nos convida a pensar sobre nossas escolhas e nos pergunta quanto conseguimos rir de nossos tropeços e quanto conseguimos ajudar a que outros se levantem de tombos semelhantes aos nossos sem que nos tornemos arrogantes só porque já estamos de pé, banalizando o processo do outro porque já sabemos o caminho da superação e nos esquecemos que um dia precisamos de ajuda e talvez ainda vamos precisar, pois não caímos só uma vez.
Nesse sentido, a cebola também reflete o processo do alecrim. Frequentemente, em nossa vida, “caímos” por motivos semelhantes – que têm a ver com as qualidades e dificuldades da nossa linhagem – mas em situações diferentes, momentos distintos e em contextos diversos. É como se a vida nos perguntasse: “tem certeza que sabe realmente lidar com essa questão?”, por isso ela se repete. Porque, à medida que vamos superando as situações, caem as cascas da cebola, pois aumentou, gradativamente, nossa evolução fazendo que nos aproximemos de nossos objetivos e de nossa missão, ou seja, nossa potencialidade em viver, desfrutar e se envolver com as experiências. Não me refiro aqui a nada místico, o processo é concreto no que diz respeito ao que conseguimos provocar a nossa volta e afetar no nosso convívio.
Se pararmos para refletir na conhecida canção:
“Alecrim, alecrim dourado[4]
Que nasceu no mato sem ser semeado[5]”...
Esta planta trabalha com o que herdamos sem saber, com qualidades que só emergem nos momentos de dificuldade, nas quais temos que nos utilizar de uma inteligência integrada para acessar todo nosso potencial.
E em:
“Meu amor, ele disse assim
Que a flor do campo é o alecrim”
Podemos observar que a dimensão do conhecimento é o (a) filho (a), canta flor como o que diz respeito ao significado de donzela; e campo como algo pueril – que se brinca e se canta nas cirandas com as crianças. Sua energia é de natureza lúdica, de algo que se resolve sem tanto peso, abrindo possibilidades de criação de novas regras a cada relação que surge, a cada encontro que se estabelece, a cada situação que o mundo nos apresenta, a cada conflito que nós vivenciamos e que nos torna mais íntegro e mais certo de nosso caminho como algo a seguir se quisermos nos conhecer de verdade!
Esse é o movimento do alecrim, essa energia da possibilidade do novo que nasce dos poderes ancestrais dos recônditos da nossa alma!
O filho recebe uma parte da Natureza – cromossômica -  e outra parte do convívio – ou seja, de como isso se manifesta nas experiências da vida - e a valoriza, inclusive, querendo tentar algo diferente dos pais com uma energia de ruptura construtiva.





INDICAÇÕES:
- Indicado para momentos de crise, ou seja, quando não enxergamos mais saída a uma dada situação e quando precisamos honrar filho(a) de quem somos;
- Todas as situações onde precisamos nos lembrar que já fomos ou ainda somos filhos(as), de forma positiva e não dependente;
- Quando temos necessidade de nos sentirmos seguros perante às crenças da nossa linhagem com flexibilidade e/ou nos sentimos seguros porque percebemos que algo/ou alguém veio antes de nós, mas também precisamos coragem/força para tentar algo novo;
- Para crianças com crises de adaptação no primeiro setênio ligadas a regras e/ou ligadas ao processo de alfabetização e para adolescentes no segundo setênio que buscam firmar seus pontos de vista de forma saudável e equilibrada.
- Para pessoas que acabaram de se separar e/ou estão com dificuldades em equilibrar o lado pai e mãe dos(as) filhos(as) - agravando problemas familiares, transparecendo desequilíbrio de algum dos dois lados, através de verbalizações desmerecedoras da experiência familiar junto ao/à filho que só agravam os problemas.
                                                               (texto escrito por Tânia Villarroel, 07/04/2011)

               

[1] Características estas da perspectiva.
[2] Linhagem nesse caso é a nossa família, mas que reverbera em todas as pessoas deste plano que estejam sintonizadas com a nossa experiência.
[3] Não falo aqui do discurso que se conhece no senso comum dizendo que quando algo nos incomoda em outra pessoa sempre é algo que também temos e por isso nos incomoda. Acredito que temos todos os sentimentos dentro de nós, mas quando algo em alguém nos incomoda e percebemos, mas não julgamos essa pessoa, não nos incomodamos porque somos, no fundo assim e não admitimos apesar de sermos assim, mas porque de fato não queremos mais ser assim.
[4] Dourado como variante do amarelo que está ligado à sabedoria. As propriedades do dourado começam no mental, como o amarelo, mas transmutam para o espiritual quando aumentam a qualidade vibracional ao chegar no dourado.
[5] “Sem ser semeado”, porque ele já estava ali, latente. Ia surgir em algum momento que fosse necessário um poder que temos sem saber – que quando entramos em contato, nos surpreende. Algo que os outros sabem que temos e nós não, pois nos esquecemos para que não afete nossa humildade e deixe de existir.

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